Uma suposta apreensão de 300 sacos de cocaína que estariam misturados com carga de fertilizantes levou ontem a Polícia da República e as Alfândegas a promoverem diferentes encontros para o esclarecimento do caso na cidade da Beira, província de Sofala. Fonte das Alfândegas contactada pelo “Notícias” confirmou que uma transportadora malawiana teria pedido exclusividade ao sector dos Transportes e Comunicações de Sofala no sentido de escoar a sua mercadoria, fertilizantes, usando duas vias, nomeadamente terrestre (Beira-Marromeu), para depois a carga ser levada, via fluvial, Marromeu-Malawi (usando o grande Zambeze) como forma de encurtar a distância, facto aceite pelas duas entidades.Tal efectivamente aconteceu, mas quando a referida transportadora chegou a Marromeu foi interpelada por um aparato policial composto pela Força de Intervenção Rápida (FIR), Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE), Polícia de Protecção (PT), entre outras unidades, que consideraram que a mercadoria era “quente”, quer dizer, tratava-se de droga, designadamente cocaína.A carga foi então recolhida aos armazéns das Alfândegas na Beira para posteriormente ser analisada. A fonte avançou-nos que uma equipa mista de peritos das Alfândegas (Beira-Maputo),recolheu as amostras que foram avaliadas em laboratórios das duas cidades e os resultados finais ditaram que se tratava de fertilizantes, não cocaína, como se propalava, tendo, depois, o transportador sido libertado.Contactado pela nossa Delegação da Beira, o Chefe da Secção de Imprensa junto do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique, Mateus Mazive, confirmou que às primeiras horas a sua corporação estava reunida para abordar o assunto.
Fonte: Jornal Notícias