Antes da chegada dos portugueses “em Marromeu”, os régulos tinham como
tarefa defender a população dos seus territórios das guerras tribais, animais
ferozes, usando principalmente a magia negra, para alem de dirigir cerimonias
tradicionais quando Anhakulota Ndalo (viventes) previam acontecimentos
relacionados com abundância, ou não, de chuvas, faziam sembe “cerimonias
tradicional” e a chuva caía na mesma
altura molhando todos participantes.
A população era nómada dividida em tribos, formada e dirigida por guerrilheiros,
sendo de destacar de Bauaze e Maguegue que se fixaram na região com objetivo de
intensificar as guerras entre tribos e clãs. Viviam essencialmente, da pastorícia
e da caça.
Estes para se defenderem dos inimigos serviam-se do rio Zambeze. Quando o
inimigo se aproximava, a população era toda evacuada para a outra margem do
rio, deixando-se uma pessoa que, muito amavelmente oferecia o seu barco para
levar o inimigo para outra margem do rio. Uma vez chegado ao meio do rio, o barco
era propositadamente afundado e, como os inimigos provinham de região sem
grandes rios , não estando por isso, habituados a lidar com correntes muito
fortes acabavam por morrer afogados.
Reza a historia que, após a sua morte os Chefes Bauaze, Maguegue, Gora, Cocorico,
Sine, Kundue e Nensa “se transformaram em leões brancos”, cuja existência ainda
é assimilada nos dias de hoje. Na
recém terminada guerra de desestabilização, movida pela Renamo, cada leão guarnecia o seu território e, em caso de eminência de ataque, passavam noites a rugir alertando a população para se precaver dos ataques.
recém terminada guerra de desestabilização, movida pela Renamo, cada leão guarnecia o seu território e, em caso de eminência de ataque, passavam noites a rugir alertando a população para se precaver dos ataques.
Os primeiros portugueses que escalaram o distrito vieram de barco ao longo
do rio Zambeze, com objetivo de conhecerem novas áreas que pudessem ser exploradas.
Entraram na floresta e, quando se julgavam perdidos, encontraram caçadores junto
das suas cabanas a cortar carne. Depois de várias tentativas frustradas para
estabelecer diálogo com os nativos, quiseram saber o nome da região e, em
resposta os caçadores que já estavam cansados de ouvir responderam “PAMARREMELO”
(em língua Phozo, local onde se procede ao esquartejamento da carne),
entendendo os portugueses que a região se chamava “Marromeu”.
Esta região é maioritariamente, dominada pelos grupos étnicos Phozo provenientes de Luabo, Província da Zambézia, os Senas provenientes de Cheringoma, Caia, Mutarara, Morrumbala e Mopeia na província da Zambézia, para além de algumas minorias como: Macuas, Chuabos, Ndaus e Ngonis que aqui chegaram como contratados para trabalhar nas plantações de cana sacarinas e nas serrações de madeira da companhia de Moçambique e da Sena Sugar Estates, coexistindo e interagindo socialmente.
Esta região é maioritariamente, dominada pelos grupos étnicos Phozo provenientes de Luabo, Província da Zambézia, os Senas provenientes de Cheringoma, Caia, Mutarara, Morrumbala e Mopeia na província da Zambézia, para além de algumas minorias como: Macuas, Chuabos, Ndaus e Ngonis que aqui chegaram como contratados para trabalhar nas plantações de cana sacarinas e nas serrações de madeira da companhia de Moçambique e da Sena Sugar Estates, coexistindo e interagindo socialmente.
Fonte: Ministério da Administração Estatal. Edição 2005
Foto do arquivo reproduzida.