Companhia de Sena introduz cinco novas variedades de cana sacarina

Seg, 31 de Outubro de 2011 00:00

Oriundas das Ilhas Reunião e Maurícias

* Objectivo é incrementar produção de açúcar

A Companhia de Sena, em Marromeu, província de Sofala, detida maioritariamente pelas multinacionais Guarani (Brasil) e Tereos (França), acaba de introduzir cinco novas variedades de cana sacarina oriundas das Ilhas Reunião e das Maurícias, com o objectivo de melhorar a qualidade e incrementar a produtividade do açúcar. Trata-se de um investimento da ordem dos 1.5 milhões de dólares, segundo revelou Thadeu Faria, director da área agrícola da firma. As novas variedades, neste momento em plantação, são designadas tecnicamente por R 575, R 573, R 579, N 11 e N 12. As primeiras três foram importadas das Ilhas Reunião e as restantes são provenientes das Maurícias.
Com a introdução das novas variedades, espera-se que os rendimentos por hectare de cana sacarina aumentem de 53 toneladas (conseguidas no ano passado) para 73 toneladas. Em relação à moenda, está prevista para este ano cerca de 750 mil toneladas, contra as 572 de 2010.
O director da área agrícola da Companhia de Sena referiu ainda que a introdução das referidas variedades de cana circunscreve-se no âmbito dos novos projectos desenhados pela empresa visando essencialmente incrementar a produção de açúcar. Os investimentos em causa incluem também a aquisição de nova maquinaria para a irrigação dos campos.

“Os dois últimos anos foram caracterizados por seca, situação que afectou a produtividade da cana. No ano passado, a produção da cana aumentou um pouco, mas a empresa decidiu importar novas variedades de cana, acção que, associada a outras actividades renovadoras, nomeadamente a aquisição de novos equipamentos para rega, irá fazer incrementar cada vez mais a produção de cana sacarina por hectare”, disse Thadeu Faria, acrescentando que as novas espécies de cana adaptam-se bem aos solos da bacia do Zambeze.
No que concerne à irrigação dos campos, a fonte afirmou que a firma adquiriu dez novos pivôs.

“Estamos em período de safra e a campanha vai terminar em princípios do mês de Dezembro. O plantio iniciou em Outubro e vamos finalizá-lo em Fevereiro do próximo ano, abrangendo um total de 3.200 hectares”, explicou Faria, acrescentando que a intenção da Companhia de Sena é de passar dos actuais 40 por cento de área é irrigada para 80 por cento até 2015.

Fonte: Diário de Moçambique

Funcionários acusam administrador do Chinde

FUNCIONÁRIOS do Estado no distrito de Chinde, na Zambézia, estão agastados com o comportamento nada abonatório do seu administrador distrital, José Saize. Acusam-no de ser tribalista e de privilegiar relações étnicas no ambiente de trabalho. Pesam também acusações de arrogância, prepotência e gestão danosa, entre outras práticas que consideram-nas como factores que não contribuem para o desenvolvimento do distrito e tolhem o sonho da unidade nacional.

Maputo, Sexta-Feira, 28 de Outubro de 2011:: Notícias

Estas e outras acusações foram proferidas, há dias, na vila-sede distrital de Chinde, na Zambézia, durante um encontro em que o governador provincial, Francisco Itae Meque, manteve com os funcionários do Estado para auscultação dos principais problemas dos servidores públicos. Os mesmos despiram do medo e falaram as coisas com os seus próprios nomes, facto que irritou muito ao governador da Zambézia, que disse que nunca tinha imaginado que iria ouvir tanta fúria dos funcionários, por causa do clima de desinteligência instalado.

José Saize é, igualmente, acusado de não dar palavra aos funcionários nas reuniões. Muitas vezes, conforme referiram, ameaça e humilha os funcionários publicamente, com um tom de arrogância, ao mesmo tempo que acusaram a esposa do administrador de interferir na gestão dos assuntos internos da administração.

As acusações a José Saize surgem numa altura em que dirigentes a vários níveis, incluindo o Presidente da República, Armando Guebuza, têm destacado a necessidade de consolidação da unidade nacional e construção da auto-estima e moçambicanidade. Aliás, o próprio governador da Zambézia, tem frequentemente colocado, nos seus discursos, um assento tónico de que não há moçambicanos mais importantes que outros, mas que o grande desafio é cada um fazer a sua parte para o combate à pobreza absoluta.

Benjamin Pedro, funcionário da administração local, afirmou que, vezes sem conta, José Saize proferiu aos servidores públicos expressões feias que põem em causa a unidade nacional, como, por exemplo, “os zambezianos não prestam para nada”. Para este funcionário, no Chinde, só é bom o funcionário quando é natural de Tete, terra natal do actual administrador, de tal forma que, em todo o distrito, ele confia apenas em duas pessoas, nomeadamente, o seu sobrinho que é Chefe do seu Gabinete e o director dos Serviços Distritais da Juventude Ciência e Tecnologia, ambos conterrâneos.

Um outro funcionário que trabalhava na administração local foi, por ordens de José Saize, transferido para prestar trabalho doméstico na residência oficial do administrador. Nessa altura, o funcionário estava doente e precisava de ser tratado, mas não lhe foi dada essa oportunidade senão trabalhos domésticos.

A esposa do administrador do Chinde é funcionária dos Serviços Distritais do Planeamento e Infra-Estruturas, mas é ela que gere os fundos do Centro de Saúde local. Levanta o dinheiro e faz as compras e não traz justificativos. Tudo isto acontece perante um olhar cúmplice do director distrital da Saúde, Mulher e Acção Social, conforme denunciaram na circunstância.

Referiram que, quando o Secretário do Comité distrital de Chinde lhe chama atenção sobre essas e outras práticas, a resposta não tarda: “não me incomode, você fez a décima classe ontem”.

O governador da Zambézia não gostou do que ouviu. Itae Meque não deu tempo para José Saize justificar-se prometendo, no entanto, enviar, em breve, uma equipa multissectorial para investigar as acusações.

• JOCAS ACHAR

Fotos de Luabo

Por: Fernando Raposo

ONG Alemã termina actividades e deixa centenas no desemprego

No distrito de Chinde, província da Zambézia

A Organização Não Governamental (ONG) Acção Agrária Alemã (Welt Hunger Hilfe em alemão), que vinha operando desde os anos 90 no distrito de Chinde, na província central da Zambézia, acaba de encerrar as suas operações naquele ponto do país e vai deixar muitas pessoas na situação de desemprego no distrito de Chinde e na cidade de Quelimane, onde o grupo tinha a sua sede.

No distrito de Chinde, aquela ONG investiu em projectos nas áreas de educação, saúde, agricultura, infra-estruturas sociais e capacitação institucional.

A directora da Acção Agrária Alemã na Zambézia, Enma Reyez, confirmou ao Canalmoz o encerramento das actividades na região de Luabo e Vila, sede do distrito de Chinde, a partir de finais de Setembro.

Várias infra-estruturas como escolas, centros de saúde, pontes, represas, diques de protecção, foram construídos no posto administrativo de Luabo e vila sede do distrito de Chinde com apoios daquela organização. leiam aqui

Há falta de Patriotismo em Marromeu

Adenda: Uma imagem fala mais do que mil palavras.
23/10/2011

Será que a falta de patriotismo é culpa exclusivamente dos Governantes? Ou, responsabilidade social de cada um?

Será que a frase: Ter amor pelos nossos Heróis, já é uma frase desgastada e sem sentido para a população?

Será que, quando os dirigentes não se questionam porque é que a população ontem e hoje não veio a praça e sem tentar encontrar possível solução não é falta de patriotismo?

Será que os alunos das escolas primárias que presenciam massivamente nas cerimónias de caracter social, cultural e político são mais patriotas que os papais em casa?

Apesar da vulgaridade, 2011 como o ano de Samora Machel e toda admiração do povo Moçambicano pelos ideais de Samora, hoje quase vi as mesmas caras que sempre fazem parte das cerimónias na praça dos Heróis. Ate as senhoras de danças tradicionais que muitas vezes tem mostrado os seus talentos nesses locais também não vieram.

O que é uma praça dos Heróis? Quem deve participar ou presenciar nas cerimonias que tem lugar na Praça? E quem não deve presenciar ou participar? Qual é a importância de ir a praça?

Hoje a desmotivação abalou aos adultos, devemos ser fortes para que esse tipo de coisa não abale a motivação dos alunos que frequentam as escolas primárias porque tirando alunos a praça fica sem metade de uma pessoa.

Por: Fernando Raposo