quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Marromeu, “Literalmente” na lama

Marromeu procura consolidar-se como uma autarquia, não obstante ter sido elevada à categoria de município há mais de 15 anos. Porém, apesar de inúmeros problemas relacionados com o desemprego, vias públicas lamacentas e bairros desordenados, ela tem uma ambição: quer tornar-se uma cidade. As chuvas que, esporadicamente, caem naquela circunscrição colocam a olho nu a ineficiência das autoridades municipais de uma vila cuja economia depende praticamente da cultura de cana-de-açúcar.

Localizada na margem sul do rio Zambeze, concretamente na província central de Sofala, a vila municipal de Marromeu é pacata, apresentando problemas de diversa natureza que lhe conferem, por assim dizer, características de um velarejo abandonado à sua própria sorte. Mas, por alguma razão, é um município. O desemprego e a falta de unidades sanitárias são algumas das maiores questões enfrentadas pelos munícipes.

O desemprego continua a ser a principal dor de cabeça, colocando, sobretudo, os jovens numa situação dramática. Na verdade, em Marromeu, não há oportunidades de emprego. A solução tem sido o auto-emprego ou esperar-se por uma vaga na Companhia de Sena que já emprega pouco mais de sete mil pessoas.

A economia do município é impulsionada pela cultura de cana-de-açúcar, e também pelo comércio informal, onde diversas actividades comerciais sobressaem aos olhos dos transeuntes de forma tímida. Apesar disso, segundo a edilidade, a contribuição fiscal dos munícipes é insuficiente para custear as despesas da autarquia.

Marromeu tem uma população estimada em cerca de 40 mil habitantes maioritariamente camponeses. Diga-se, em abono da verdade, sem menosprezar o acesso a água e a cuidados básicos de saúde, a precariedade das vias de acesso é a principal inquietação dos habitantes daquela circunscrição. Recentemente, as autoridades municipais avançaram com a pavimentação de um troço de dois quilómetros e 100 metros a nível da autarquia. No entanto, quando chove, as estradas tornam-se praticamente intransitáveis, ou seja, o pavé dá lugar à lama. Na verdade, Marromeu vive num dilema: na época chuvosa, as vias ficam lamacentas e quando faz muito sol são invadidas por poeiras.

Mas a falta de asfaltagem da estrada que liga Marromeu a outros pontos do país, num percurso de pouco mais de 300 quilómetros, pode-se dizer que é a principal razão do retardamento do progresso da autarquia em particular, e do distrito em geral.

Escrito por Hélder Xavier



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