O TRANSPORTE de passageiros ao longo da linha de Sena, através do comboio semanal ascendente e descendente entre as estações ferroviárias da Beira e Marromeu e Beira e Moatize, passou a ser feita a partir deste sábado, com uma escolta das forças da Defesa e Segurança.
Maputo, Quinta-Feira, 4 de Julho de 2013:: Notícias
A medida visa garantir a ordem e tranquilidade públicas contra eventuais oportunistas da actual situação política que se vive particularmente na província de Sofala.
O facto surge como acção preventiva no derramamento de mais sangue em resposta ao pedido feito neste sentido pelo governador de Tete, Ratxide Gogo, que tinha sugerido aos CFM - Centro a paralisação do comboio de passageiros entre a cidade portuária da Beira e a vila carbonífera de Moatize, num raio de 575km, em face dos últimos acontecimentos que provocaram luto, mutilações e destruição de viaturas.
Numa primeira fase, a circulação do comboio de passageiros entre Beira e Moatize alterou-se do período nocturno para diurno, enquanto as locomotivas envolvidas no escoamento de mercadorias diversas foram instadas a abrandar as marchas, tendo reduzido o tráfego.
Consequentemente, a companhia australiana Rio Tinto interrompeu unilateralmente o escoamento do carvão mineral de Moatize a Beira, enquanto a brasileira Vale decidiu reduzir o tráfego ferroviário ao longo da linha de Sena, o que pode afectar o cumprimento das metas globais de exportação deste minério previstas este ano, na ordem de seis milhões de toneladas.
Tudo isto acontece depois de a Renamo ter anunciado, em Maputo, no dia 19 de Junho passado que dia seguinte iria bloquear o troço Muxúnguè- rio Save e paralisar comboios na linha de Sena, supostamente por ocorrer reforço militar para assassinar o dirigente deste partido que se encontra nas matas de Gorongosa desde o dia 15 de Outubro do ano passado.
Estas ameaças foram efectivamente concretizadas naquele perímetro da Estrada Nacional Número Um, nos dias 21 e 24 do mesmo mês, com ataques de viaturas que resultaram na morte de dois civis, quatro feridos e destruição de três veículos automóveis.
A circulação de pessoas e bens no troço rio Save - Muxúnguè, na província de Sofala, continua a ser feita, também, com auxílio de uma escolta militar, que garante a segurança necessária aos transeuntes.
• Horácio João
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