quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Crocodilos, elefantes e hipopótamos não páram de matar na província de Sofala

Conflito homem-fauna bravia resulta em 28 óbitos em Sofala

… e governador Muária mostra-se preocupado

Crocodilos, elefantes e hipopótamos não páram de matar na província de Sofala, onde o balanço preliminar aponta para 28 óbitos registados oficialmente este ano prestes a findar. Este número é inferior em relação ao de 2010, que se situou em 41 pessoas que perderam a vida, devido ao conflito homem-fauna bravia. Este quadro negro é descrito como sendo deveras crítico e ao mesmo tempo preocupante, tal como sublinhou o governador de Sofala, Carvalho Muária, quando ontem intervinha após a chefe dos Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia, Maria Augusta Magaia, ter apresentado o relatório de 2011 na reunião de um dia, na cidade da Beira, que visava fazer o balanço da actividade de exploração florestal e preparação para a campanha de 2012.
“Temos que continuar a recolher os ovos e crocodilos. Há uma quota de abate destes répteis, não podemos falhar, porque não sabemos o número real de crocodilos que existem nas bacias hidrográficas do Zambeze, Púnguè, Búzi e Save, sobretudo, onde sabemos que continuam a matar as pessoas e não devemos permitir que esta situação prevaleça” – vincou Muária.
O ataque de crocodilos é mais acentuado no distrito de Marromeu, que detém 60 por cento dos 28 óbitos notificados na província de Sofala, de acordo com o governador, que pediu a colaboração de todos os operadores do sector de Florestas e Fauna Bravia para a mitigação da situação.
Carvalho Muária defendeu a necessidade de mitigação da situação de morte de pessoas, argumentando que o homem é um recurso mais precioso que existe no mundo e quando se perde uma pessoa, está-se a pôr em causa o desenvolvimento económico e social. “Quando se perde uma pessoa não se compara com um animal selvagem. Por isso, temos que defender para que não haja ataques por animais bravios” – frisou.

MEDIDAS DURAS PARA
OPERADORES FLORESTAIS

No entanto, o governador de Sofala lançou ontem um aviso aos operadores que não respeitarem o diâmetro recomendável para o corte da madeira, que sofrerão medidas duras. “Quem transgredir mais de duas vezes as normas vamos retirar a licença e nunca daremos mais” – alertou.
A nossa Reportagem apurou de Maria Augusta Magaia que o diâmetro recomendável é de 20 a 50 centímetros, dependendo da espécie da madeira a cortar.
“Toda e qualquer pessoa que formos a apanhar a não respeitar as normas, avisamos primeiro e aplicamos a multa e a segunda vez vamos chamar a atenção e vai receber a multa e a terceira vez apanha a multa e é lhe retirada a licença da concessão” – insistiu o governador de Sofala.

Fonte: DM http://www.diariomoz.com/index.php

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