UMA indústria de produção de açúcar está em vias de ser instalada no distrito de Mopeia, província da Zambézia, graças a um projecto liderado por um grupo de investidores sul-africanos, com larga experiência na área. Com efeito, a abertura dos primeiros campos de cultivo da cana-de-açúcar terá lugar no segundo semestre deste ano, envolvendo, numa primeira fase, 10 mil hectares.
O projecto encontra-se na fase de estudos detalhados, mas sabe-se que a produção da cana será feita numa área total estimada em 30 mil hectares, devendo o seu desenvolvimento compreender três fases.
Esta informação foi prestada pelo administrador de Mopeia, João Zamissa, ao Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, que semana passada encabeçou uma brigada do Conselho de Ministros destacada para a Zambézia, a fim de monitorar a execução das recomendações deixadas pelo Chefe do Estado, durante a presidência aberta de 2011.
De acordo com João Zamissa, espera-se que o desenvolvimento do empreendimento venha a criar cerca de três mil postos de trabalhos directos e indirectos, sendo que a maior parte dos empregos estará nas plantações. Só a fábrica vai empregar cerca de 400 pessoas.
“Tudo indica que o trabalho vai iniciar no segundo semestre deste ano, com a preparação dos primeiros campos para a produção, enquanto o processo de instalação da fábrica deverá acontecer em meados do próximo ano”, frisou João Zamissa.
Não estão, de momento, disponíveis os dados referentes ao volume de investimento necessário para a implementação do projecto, mas João Zamissa referiu que nos primeiros cinco anos a açucareira estará em condições de arrecadar receitas na ordem de 400 mil dólares norte-americanos por ano, como resultado da venda interna e da exportação de açúcar.
Na primeira fase das plantações, ainda de acordo com a nossa fonte, os proponentes da empreitada prometem investir cerca de um milhão de dólares.
Para o administrador de Mopeia, a instalação de uma fábrica de açúcar representa um grande avanço para o distrito, na medida em que, por um lado, será uma grande fonte de emprego para a população e, por outro, vai atrair outros projectos de investimento, contribuindo, em última análise, para o desenvolvimento.
Na ocasião, o Ministro da Planificação e Desenvolvimento orientou o Governo de Mopeia a criar condições para que a população seja envolvida no processo, particularmente na produção da cana, à semelhança do que acontece noutras áreas onde estão instaladas açucareiras.
“Gostaria de ter um relatório detalhado sobre como é que a população pode produzir cana para vender à açucareira”, referiu Cuereneia falando na sessão extraordinária do Governo do distrito de Mopeia.
O projecto de instalação da fábrica de açúcar inclui outras iniciativas de natureza social, como, por exemplo, a construção de sistemas de abastecimento de água, unidades sanitárias e instalação de dispositivos de monitoria de cheias.
Caso se concretize, a açucareira será a quinta do género no país, depois das de Xinavane e Maragra, na província do Maputo, e Mafambisse e Marromeu, em Sofala.
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